sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Quero poder brincar de ciranda

Por Gelson Weschenfelder

Quero voltar a ser criança
e poder brincar de ciranda
e sem o cotidiano
voltar a ser feliz.

Quero voltar a ser criança
e poder brincar de ciranda
e a vida era tão fácil
porque tinha alguém para cuidar de mim.

Quero voltar a ser criança
para poder brincar d eciranda
para tudo se tornar fácil
e poder viver feliz.

Quero voltar a ser criança
para poder brincar de ciranda
o mundo era mais simples
eu era mais feliz.

Quero voltar a ser criança
para poder brincar de ciranda....

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Essa tal de filosofia

 
O que é esta ciência tão antiga? Muitos nem imaginam que ciência é esta. Na verdade muitos filósofos dedicam anos de pesquisas para responder tal pergunta, e cada um tem uma maneira diferente de interpretar o significado desta; o filósofo alemão Edmund Husserl (1859-1938), dizia que ele sabia o que é filosofia, ao mesmo tempo que não sabe, a própria explicação do que é filosofia é uma questão filosófica. Mas na real, o que é essa tal de filosofia?
Primeiramente buscaremos na etimologia[1]. A expressão ‘filosofia’ vem de uma associação de dois termos gregos, philia (amor ou amizade) e sophia (sabedoria), seu significado literal seria “amor pela sabedoria”. Porém aqui, deve-se ter cuidado, assim como Charles Feitosa (2004) comenta, “o filosofo não é um sábio, aquele que se sente cheio de certezas, mas sim alguém que está constantemente à procura de conhecimento” [2]. A palavra filosofia foi primeiramente usada por Pitágoras (580-496 a.c), por não se considerar um ‘sábio’ (sophos no grego), mas apenas alguém que ama e procura a sabedoria.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Sarau em tarde ensolarada na Estação!

O lindo dia de sol e temperatura agradável levou dezenas de pessoas para a Estação da Cultura de Montenegro, onde ocorreu mais uma edição do Sarau Poético da Associação Montenegrina de Escritores (Ames).
Nesse domingo, dia 18 de agosto, ocorreu também mais uma edição do Brique da Estação, que acontece todo primeiro e terceiro domingo do mês.
Mais uma vez, o Café da Estação se fez parceiro das ações.




 


 


sábado, 17 de agosto de 2013

Os negros nos quadrinhos de super-heróis

Por Gelson Weschenfelder

Desde o surgimento dos quadrinhos, o personagem negro sempre esteve presente em suas páginas, porém, seu espaço era limitado. Apareciam como coadjuvantes nos papéis de vilões ou cômicos. A partir dos movimentos pelos direitos civis, principalmente na década de 1960, isso começou a mudar. Personagens negros começaram a ganhar papéis de destaque, e muito se deve ao aparecimento do primeiro super-herói negro nas histórias em quadrinhos.
Stan Lee e Jack Kirby criaram em 1966, pela Marvel Comics, o Pantera Negra, um super-herói do continente africano, rei, e que tem força e velocidade expandida graças a uma erva sagrada passada de geração para geração aos líderes de sua nação. Esta história em quadrinhos traz pela primeira vez, uma África menos estereotipada, mostrando um país rico monetariamente e culturalmente. Muitos comentam que seu nome foi inspirado no Partido dos Panteras Negras, grupo criado também em 1966, que defendia os negros e lutava por seus direitos. Porém o personagem surgiu três meses antes do surgimento do grupo. Este personagem traz por diversas vezes questões sobre direitos iguais entre raças.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

PROSA OU POESIA?

Queria descrever em prosa
Alguns fatos que eu vivi
Na minha infância primeira
Que nunca mais esqueci
Mas os versos me perseguem
E as palavras não conseguem
Ficarem como eu pedia
Querendo ser mais bonita,
Colocam laço de fita
E insistem em ser poesia!

Põem-se todas enfileiradas
Acenando para mim
Querendo chamar a atenção
Rodopiam no salão
Num bailado harmonioso
Depois ficam saltitando
Todas elas me chamando
Para conduzi-las ao palco
Então, não posso escapar.
E convido uma por uma
Não deixo ficar nenhuma
Sem comigo vir dançar!

Agora já estou cansada!
Mas ficam me namorando
Continuam desfilando
Sorridentes, enfeitadas
Pedindo para serem escritas
De forma bem arrumada
Para que sejam notadas
Se estiver alguém olhando



Quando acordo de manhã
Já estão todas na janela
Cada qual quer ser mais bela
Ficam sorrindo pra mim
Insistindo novamente
Pra ganharem atenção
Postam-se na minha cabeça
Só um pouquinho que desçam
Alcançam meu coração.

Até tento esconder-me
Em algum lugar seguro
Para que elas não me achem
Fico quietinha no escuro
Mesmo assim sou surpreendida
Quando estou bem distraída
Chegam dando gargalhadas
Parecendo borboletas
De bandos em revoadas!

Carrego desde a infância
Junto comigo essa sina
Mas te confesso que gosto
De brincar com essas meninas
Palavras alegres e faceiras
Feito a flor das laranjeiras
Que são brancas e cheirosas
Elas enfeitam meu dia
E esse feitiço instalado
Quando é bem maquiado
Vai transformando-se em poesia!

Célia Ávila

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Domingo, dia 18 de agosto, tem Sarau!!!

A próxima edição do Sarau Poético da Associação Montenegrina de Escritores (Ames) está marcada para esse domingo próximo, dia 18 de agosto, na Estação da Cultura de Montenegro. Novamente o evento será realizado em parceria com o Café da Estação e o Brique da Estação.

Das 16 às 17 horas deste domingo, escritores da Ames estarão na Estação lendo poemas e conversando com o público presente. Também colocarão seus livros à venda no caso de haver interessados.

Participe! Não são apenas escritores que podem apresentar poemas. Toda comunidade é convidada a comparecer e ler e/ou declamar poesias!

II Prêmio Ames / Jornal Ibiá de Literatura – durante o Sarau, também serão prestadas informações sobre as inscrições e sanadas dúvidas em relação à forma de entrega dos trabalhos.



Agende-se:

O quê: Sarau Poético da AMES

Quando: 18 de agosto - domingo

Horário: das 16 às 17 horas

Onde: Na Estação da Cultura

Açude Velho

Em outro tempo, saindo do cais do rio Caí, caminhava-se até chegar à estrada do Saco Triste. Uma das primeiras casas da Timbaúva ficava no banhado à sombra da volta do Morro São João. Ali morava gente muito pobre, escravos. Pouco depois, no começo do areal, havia uma casa maior coberta de telhas. Os dois meninos, filhos destas famílias tão distintas, fizeram uma sólida amizade. Sempre brincavam juntos.

Certa tarde quente de verão, o primeiro, chamado Benedito, passou pelo potreiro do segundo e o convidou para tomar banho. Como não podiam ir até o rio, resolveram se aventurar num açude ali perto. É que os pais estavam capinando as roças de milho na direção do curso d’água.

Pela estrada do Saco Triste, ficava o Açude Velho, cavado pelos escravos em noite de Lua Cheia. É que quando nosso satélite entrava nesta fase havia uma luminosidade tão abundante que o serviço não precisava ser interrompido logo. Duas fileiras ficavam de cada lado da taipa. Com suas pás iam cavando, enquanto duas juntas de bois caminhavam de um lado para o outro, socando a terra. Assim construía-se a taipa para represar a água da vertente.

O menino rico chegou primeiro e sentou para tirar as botinas e abrir os botões da camisa. Mas Benedito não fez o mesmo, estava com muito calor e todo suado. Atirou-se na água de uma vez só com toda a sua pouca roupa. O açude, tapado de capim boieiro, não perdoava ninguém que se aventurasse assim com tal ousadia. Os finos membros do desditoso se enrolaram nas plantas, e, pouco a pouco, ele foi puxado para o fundo das águas barrentas. Na sua agonia não havia nada o que fazer. Simplesmente colocou a cabeça para fora d’água e disse ao amiguinho:

- Não entra aqui, senão tu morre junto comigo!

O outro ficou sentado sobre a grama da taipa. Atônito, ouviu o aviso do Benedito e viu-o afundar em definitivo. Por quanto tempo ficou sentado inerte não se sabe. Apenas levantou, voltou para a sua casa e se deitou na cama.

Naquela noite, os pais do Benedito saíram a procurar o filho que não voltava. Atravessaram maricás e branquilhos à luz de lampião. Tudo para chegar à casa do amiguinho e perguntar pelo querido filho desaparecido.

Os pais do outro chamaram o filho e o interrogaram. Foi quando o menino, sem emoção ou remorso, contou o que havia acontecido. Indicou o local exato em que o corpo estava, ajudando a resgatá-lo. O menino nunca mais sorriu. Não havia se afogado na água, mas o remorso sufocava lhe a alma, e a vida, que havia custado um preço tão alto.

O filho dos escravos morreu para salvar o filho dos seus donos.

Eduardo Kauer

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Comentário de Literatura AMES - Dina Cleise de Freitas

Participe do nosso Concurso Literário !!!

A Associação Montenegrina de Escritores (Ames) e o Jornal Ibiá firmaram importante parceria para a realização do II Prêmio Ames/Jornal Ibiá de Literatura. 
O edital consta na coluna ao lado nesta página, logo abaixo da listagem do nome dos integrantes da Ames.


segunda-feira, 12 de agosto de 2013

signos malignos

a menina me pediu em namoro

e eu não soube o que dizer

mas fiz um poema:

“minha namorada

no beiral do monte negro em que moro

a vigilante mão de Platão está de plantão

o vento é cabeleira ruiva

o lobo-guará uiva

uma monja despida ora

esponja de luz, mágica frase

o teu pedido de namoro

pôs-me em crise, em crase

namorar contigo seria para mim

como comer com Cervantes, sancho

como comer conservantes, pança”

enfim

Jeferson Giacomelli

domingo, 11 de agosto de 2013

O Padre e o Gato

Certo padre, do nosso passado, para atender Montenegro precisava vir de longe, a cavalo, atravessando campos, matos e arroios. Por isso chegava cansado e faminto na capelinha improvisada que os moradores da Timbaúva haviam lhe arranjado com árduo trabalho. Com pena do sacerdote e por respeito a sua nobre missão, uma mulher se prontificou a deixar todos os meses, no dia marcado para a missa, uma merenda na sacristia. Na data certa ela trazia bem cedo, pela manhã, pão, queijo, linguiça, vinho e água fresca, prova da gratidão que o povo sentia pelo empenho espiritual do cura d’almas socorrendo-o nas suas necessidades físicas. Tudo ficava sobre uma mesa à espera do sacerdote, que, pelos meios de locomoção da época, não tinha hora certa pra chegar.

Ali vivia também um gato. Sem dono nem casa, o bichano precisava se arranjar da melhor maneira possível. Caçava os pintos nos galinheiros da vizinhança, roubava a carne que ficava pendurada sobre o fogão à lenha para defumar ou penetrava nas despensas das casas. Esperto, ele logo descobriu que podia saciar a sua fome uma vez por mês com um banquete. Achou uma brecha no telhado e conseguiu se infiltrar antes que o santo homem pudesse experimentar algo.

O padre, porém, não sabia quem o passava para trás. Apenas não encontrou a merenda no local de costume no mês seguinte. Perguntou entre os paroquianos. Mas ninguém sabia quem vinha privando aquele missionário do seu alimento. Nem havia no meio deles quem tivesse tal coragem para cometer uma afronta deste tipo. Mesmo assim, estavam lançadas entre eles as sementes da desconfiança. Um mal que precisava ser arrancado logo para que não se colhessem depois os frutos da discórdia.

Cansado de ser ludibriado, no mês seguinte ele resolveu chegar para a missa cedo. Escondido num armário com um relho na mão, o padre esperou pacientemente pelo ladrão. Qual não foi a sua surpresa ao descobrir que o gatuno não andava sobre duas pernas. Mesmo assim estava resolvido a aplicar uma penitência digna do tão grave crime de roubar algo dentro da igreja. Que lugar seria melhor do que aquele para ensinar algo sobre o sétimo mandamento?

Antes que a comida fosse provada, o padre saiu de seu esconderijo. Qual Cristo expulsando os vendilhões do templo, aplicou a pena ao perverso. O gato pulou de um lado para o outro, tentando se desvencilhar do padre. Nada conseguia. As saídas todas fechadas e o carrasco impedindo sua fuga não lhe deixaram alternativas. Por isso alcançou-lhe o pescoço e cortou a jugular pouco acima da gola da batina.

Aquele santo homem, ocupado em ensinar a diferença entre o bem e o mal, caiu por terra. Sangrou até a morte, pois não havia ninguém ali para socorrê-lo. Nenhuma vela foi acesa para guiar a sua alma ao Mundo Vindouro. Apenas seus paroquianos, aterrorizados, encontraram o corpo, frio e inerte, sobre o chão batido da sacristia. O relho ainda na sua mão e as pegadas ensanguentadas do felino contavam esta triste história.

Assim ficou bem claro para todo o povo que ali vivia. Não se pode castigar sem deixar uma alternativa de arrependimento.

Eduardo Kauer

Sobre o Amor

 Por Gelson Weschenfelder

Aqui está uma das maiores virtudes, mandamentos, um ideal. O amor é a matéria-prima dos poetas, a influência dos apaixonados. É a motivação da moral segundo o filósofo Kant (1724-1804). Se consuma além do bem e do mal, para o filósofo Nietzsche (1844-1900). Mas o que é este tal de amor? Como ele surge? Do que ele é composto? O que vem a ser o amor?

Segundo o filósofo grego Platão (428/27-347 a.C.) “o amor é filho de Pênia, deusa da pobreza e de Poros, deus da capacidade de aquisição, da riqueza. Da pobreza, pois constantemente pede, e da riqueza porque constantemente dá...”. Aceito esta explicação sobre o amor e, vou além. Digo-vos, o amor é Eros (paixão) e Logos (razão), unidos, de mãos dadas caminhando pelas colinas da virtude humana. Muitos comentam que “... paixão e amor não são as mesmas coisas, são completamente diferentes...”, mas, acredito que, a paixão faz parte ao amor, assim como a razão. Muitos devem pensar “que loucura, o amor não é racional...”, mas é racional, sim. Vamos ver como funciona isso.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Olhe o meu relógio

TIC, TAC, TIC, TAC
Faz meu relógio na parede
TIC, TAC
O tempo, no relógio
TIC, TIC – não para
TIC, TAC – olha novamente
TAC, TAC – o ponteiro trava
TAC, - o ponteiro sobe
TIC – e desce
TAC – sempre
TIC, TAC, TIC, TAC

Dina Cleise de Freitas

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Procurando

Procurei, procurei, não encontrei!
Perguntei ao silêncio:
- Você viu minhas crianças por aí?
Ele nada me respondeu.
Procurei, procurei, não encontrei!
Perguntei ao vento:
_ Você viu minhas crianças por aí?
Ele me disse:
_ Andei, andei, ventei, ventei, mas as tuas crianças não vi.
Procurei, procurei, não encontrei!
Perguntei ao sol:
- Você viu minhas crianças por aí?
Ele me disse:
_ Clareei, clareei, aqueci, aqueci, mas as tuas crianças não vi.
Procurei, procurei, não encontrei!
Perguntei à chuva:
_ Você viu minhas crianças por aí?
Ela me disse:
_ Trovejei, relampejei, chovi, chovi, mas as tuas crianças não vi.
Procurei, procurei, não encontrei!
Então perguntei às pessoas:
_ Vocês viram minhas crianças por aí?
E elas me disseram em uníssono som:
_ Estamos aqui!
_ Mas cadê minhas crianças que a pouco pari?
E cada uma me disse:
_ Cresci!

Célia Ávila

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Linha Timbaúva

Existem histórias perdidas no tempo que me fazem refletir desde a infância. Relatos comuns, com personagens do dia a dia que poderiam ter vivido em qualquer lugar e época. Mas que, contados pelos meus avós, ganhavam uma aura de respeito e de sentimento. Como se a simples história quisesse ultrapassar os seus limites e viver além dos seus personagens. Como se os fatos ali descritos planejassem tomar um sentido muito maior, mais abrangente e profundo.

Ninguém consegue criar algo de forma independente e exclusiva. Toda história, por mais fantástica que seja, precisa alimentar-se da realidade para se nutrir. Por isso, lendas têm algo de verdadeiro. Algo que nos parece familiar. E mesmo que sejam contadas pela primeira vez, nos fazem lembrar daquilo que está no fundo do nosso coração.

Sentados em suas cadeiras de palha, meus avós, Waldemar e Célia, contavam histórias que tentavam jogar um pouco de luz na escuridão da noite. Poucas eram as lâmpadas que se enxergavam no breu dos campos da Timbaúva daquela época. Apenas as tímidas estrelas do céu conseguiam trazer sombras para o terreiro. As histórias por eles narradas se tornaram pequenos astros que guiam os meus sentimentos agora.

Eduardo Kauer

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Jornal Ibiá repercute situação da Biblioteca Pública

Confira reprodução de matéria de hoje do Jornal Ibiá (www.jornalibia.com.br)


Reforma da Biblioteca segue indefinida

Endereço. Prefeito e vice têm opiniões diferentes sobre o local mais adequado para colocação definitiva

Márcio Reinheimer | 06/08/2013
Se dependesse do vice-prefeito e secretário de Educação, Luiz Américo Aldana, a Biblioteca Pública não sairia mais do Parque Centenário. Ontem pela manhã, durante uma reunião na Câmara de Vereadores, ele disse que o antigo endereço, na rua Capitão Cruz, é “elitista” e que somente os “filhos dos ricos” iam até lá para fazer suas pesquisas. Mas como a decisão cabe ao chefe do Executivo, não é o que deve ocorrer. Tão logo o prédio seja reformado, é para o Centro que o acervo vai retornar. Pelo menos foi o que informou Paulo Azeredo em resposta a um pedido de informações.
O assunto que levou Aldana à Câmara foi a situação em que se encontra o acervo. Parte dos livros foi acomodada no antigo restaurante do Parque, prédio que possui sérios problemas de umidade, infiltrações e até alagamentos. O arquivo de jornais é coberto por lonas plásticas e, pelo assoalho, são espalhados baldes para enfrentar das goteiras. Uma segunda parcela dos livros, que compõe o Museu Literário, foi acondicionada em caixas de papelão e guardada no prédio da Estação da Cultura. Ali, foram vítimas dos ratos.
Os vereadores queriam informações sobre o projeto de reforma e o que a Administração Municipal pretende fazer para garantir a segurança dos livros até que a obra esteja concluída. O encontro, que atendeu a um requerimento de Marcos Gehlen (PT) e Renato Kranz (PMDB), contou com a presença do diretor de Cultura, Itacir Martins, de integrantes da Associação Montenegrina dos Escritores e da Associação dos Amigos da Biblioteca. Aldana disse que, sobre o novo projeto, sabe apenas que, até sexta-feira, estava pendente a definição sobre onde seria instalado o elevador. Quanto aos prazos, lembrou que não atua na Secretaria de Obras, a quem cabe a resposta.

Ames participa de reunião na Câmara sobre precariedade da Biblioteca Pública de Montenegro

Confira reprodução da matéria do site da Câmara de Vereadores de Montenegro (http://www.montenegro.rs.leg.br)


Biblioteca Pública Municipal: indefinições permanecem


Permanecem indefinições quanto à reforma da Biblioteca Pública Municipal, após a reunião segunda (5) pela manhã na Câmara, atendendo requerimento dos Vereadores Marcos Gehlen (PT) – “Tuco” e Renato Kranz (PMDB).
Biblioteca Pública Municipal: indefinições permanecem
Eles se mostram “seriamente preocupados” com o estado de conservação do acervo e a falta de definições quanto ao projeto de recuperação do prédio original da Biblioteca, na Rua Capitão Cruz. Hoje, o atendimento é realizado de maneira improvisada no antigo restaurante do Parque Centenário.
    Além de Vereadores, participaram o Vice-Prefeito e Secretário de Educação e Cultura Luiz Américo Aldana e representantes de entidades como Associação dos Amigos da Biblioteca Pública Municipal (AABPM) e Associação Montenegrina de Escritores (AMES). Após uma hora de discussões, nenhuma definição foi apresentada pelo Secretário de Educação e Cultura. Aldana apenas citou que a demora para finalizar o novo projeto do prédio se deve à indefinição sobre aonde deverá ser instalado um elevador, inexistente no atual espaço.
    Aldana se manifestou contrário ao retorno da Biblioteca à Rua Capitão Cruz, integrando o Centro Cultural. “Onde estava, é um espaço elitista”, qualificou. Foi rebatido imediatamente pela Presidenta da Câmara, Vereadora Rose Almeida (PP). “Os números comprovam que o senhor está equivocado. Até seu fechamento, circulavam pela Biblioteca diariamente mais de cem pessoas de todas as classes sociais”, desabafou.
    Rose leu resposta a Pedido de Informação de sua autoria ao Executivo. O Prefeito Paulo Azeredo (PDT) informa que, após as obras, a Biblioteca voltará a seu espaço de origem. Neste momento, Aldana declarou que estava mudando de opinião, passando a respeitar a vontade do Prefeito.
    O Vereador Renato Kranz (PMDB), Secretário de Educação e Cultura no governo Percival de Oliveira, citou questões como a suspensão, por parte do atual governo, do projeto de recuperação do prédio proposto pelo anterior e a situação de risco em que o acervo se encontra atualmente, em um local “totalmente inadequado”. “Queremos saber detalhes do novo projeto e o quê esta Administração pensa para a Biblioteca”, acrescentou. Renato comentou ainda que o original previa ampliação e reforma.
    A justificativa de que deverá ser consertada uma goteira do prédio onde provisoriamente está o acervo não convenceu Cláudia Felipssen, da AABPM. Segundo ela, a situação vai muito além. O local sequer possui ventilação adequada, mofando livros e o restante das obras. Por fim, Aldana concordou que o espaço não seria adequado, classificando como uma situação provisória.
    Ficou concluído que os Vereadores irão apresentar novo Pedido de Informação para saber exatamente quando será concluído o projeto. Também farão constar a exigência de que deva ser apresentado na Câmara. 
Biblioteca pública